Livros Publicados
Abaixo você verá o release de cada uma das obras publicadas pelo escritor e poeta Mateus Machado. Clicando nas fotos, você terá acesso a alguns dos textos de cada obra. Não deixe de ler!
Origami de Metal
A palavra Origami vem de “Ori”, dobrar e “Kami”, que significa papel, ou Espírito de Deus. “Kami” tornou-se “Gami” quando combinado com “Ori”. Os primeiros modelos de origami foram criados com propostas simbólicas ou religiosas. Origami de Metalé o meu primeiro livro de poemas. "-Estranho pensar agora que como título, para um livro de estreia, eu tenha usado uma palavra de origem Japonesa." - Diz o autor.
A publicação desse livro se deu, graças a boa vontade do amigo e editor José Reinaldo Pontes, e principalmente ao seu querido amigo e companheiro de PoesiaThiago de Mello, poeta da Floresta e do Mundo, que gentilmente escreveu o texto de abertura do livro, pequena e valiosa joia que ganhou. Mesmo titubeando, foi a partir deste livro que Mateus Machado fez seu alicerce para os próximos . "-Particularmente, Origami de Metal é a expressão da minha imaturidade como Homem e Poeta." (Mateus Machado)
A Mulher Vestida de Sol
A ideia era fazer um tratado de Magia em verso. Falhei. - Diz Mateus. A Mulher Vestida de Sol, para os católicos, é a Virgem Maria, para os evangélicos é a Igreja. A Mulher Vestida de Sol é a união deTodas as Mulheres. É a deusa Pré-Islâmica Al’Lat, é a deusa sumeriana Isthar, é a Pandora dos gregos, a Shechiná dos cabalistas, é Shakti; energia feminina primordial e esposa de Shiva e Mãe do Mundo. É você, que lê este livro.
Em A Mulher Vestida de Sol, o autor reafirmou seu totemismo; aquilo que ele chama de: trazer para a sua poesia a força selvagem dos animais para gerar ecos.
Também é reforçado o exercício de Fluxo de Consciência, ou a “Primeira Ideia” sendo a “Melhor Ideia”, aquilo que não necessita de correção, mesmo nascendo de um erro. É o alvo que o arqueiro acertou errando. Mas, claro, isso não acontece o tempo todo.
Foi um livro cujos poemas foram feitos na mesma época; o livro foi escrito em torno de um ano, entre 2006/2007. Foi um grande salto desde Origami de Metal, porém, assim que pegou o livro impresso nas mãos, sentiu uma angústia não muito clara, que com o passar dos dias se traduziu em insatisfação.
Mas este livro trouxe ao autor algumas alegrias; Thiago de Mello, por e-mail, congratulou o livro e o chamou de “Poeta com mãos de Estrelas”.
O poeta Carlos Nejar (Academia Brasileira de Letras)também elogiou a obra, pessoalmente e depois, por e-mail, dizendo que não se tratava apenas de belas imagens, mas de uma mensagem que ele estava passando ao mundo de maneira solene. Foi a Partir de A Mulher Vestida de Sol, que Mateus deu início à busca da sua Verdadeira Missão como Poeta; - Falar de Alma para Alma.
A Beleza de Todas as Coisas
A Beleza de Todas as Coisas é o terceiro e último livro do primeiro ciclo de poemas do autor. É também, a seu ver, o livro mais atormentado, mas com uma pitada de humor negro. A solenidade está presente. Quem identificou a característica, foi Alberto Marsicano.
É um acertar de contas com o passado. Uma catarse. Uma vingança. Embora os poemas sejam datados em períodos diferentes, a confecção desse livro, sua montagem e organização, teve início no 33 aniversário do autor, e segundo a tradição cristã, idade em que Cristo foi crucificado, e para Mateus, foi a sua versão da crucificação encarnada. O último capítulo Um Cemitério Café, contém 33 poemas.
Apesar do desencanto que permeia a obra, o poema que encerra o livro traz a crença no Destino, mas não um Destino fatalista, mas flexível e que pode variar entre Capricho, Delírio ou Delicadeza e a partir daí o indivíduo passa a ter o direito e a capacidade, pelas suas experiências pessoais, de reinventar a Vida, o Amor.
Em A Beleza de Todas as Coisas está presente a ideia de que há Beleza em tudo. Não importa se o mundo é cheio de horrores e maravilhas. É uma ideia oriental, monista.
A Astrologia e o Tarô estão presentes, assim também como a sua experiência com religiões afrodescendentes. O Totemismo é reforçado, bem como a Livre Associação de Ideias, compactando em poucos versos vários temas ou assuntos aleatórios, que ao primeiro olhar parece caótico. Versos que foram influenciados pelos improvisos alucinados de John Coltrane ou pelas distorções de guitarra de várias bandas de rock como The Velvet Underground e Sonic Youth.
E claro, mais do que nunca, há a ausência de vírgulas. Foi um livro de despedida, quando saiu do Brasil para viver na Irlanda. Na época ele não pretendia mais voltar.
Uma das maiores alegrias para o autor, foi o texto de abertura, o prefácio poético chamado “Ante-Sala do Abismo”, do querido amigo/irmão Alberto Marsicano; citarista, poeta, tradutor, filósofo e seu mestre.
Foi ele que iniciou Mateus Machado nos segredos da música clássica indiana, o ligando a Gharana e a Gandharva (egrégora espiritual de músicos celestiais). A base da música clássica indiana é o improviso, é uma música de inspiração espiritual; princípios que começou a incorporar com mais afinco, a partir deA Beleza de Todas as Coisas, mas que ainda vem buscando cada vez mais trazer para a sua experiência de vida.
Marsicano, que considerava seus poemas como “diálogos filosóficos”, estava muito feliz com a publicação do livro, e na última aula de cítara que Mateus teve, ele se ofereceu para fazer um pequeno recital na noite de lançamento de A Beleza de todas as Coisas na Livraria Toque de Letras.
Na semana do lançamento, já com os exemplares em mãos, enviou um exemplar para ele pelo correio. Dois dias depois recebeu a notícia, por telefone através do seu irmão, que Alberto Marsicano havia falecido. "-No dia do lançamento de A Beleza de Todas as Coisas, houve momentos em que eu podia ouvi-lo com sua cítara, tocando um Raga ou a versão de Blackbird dos Beatles. Sim, ainda que em espírito, senti sua presença imantada naquela noite. Obrigado meu amigo/irmão."